Seu filho está perdendo cabelo?
Saiba sobre seis causas de queda de cabelos em crianças
“Meu filho está com falhas de cabelo”, “o cabelo dela não cresce”, “muitos fios de cabelo no berço e na banheira”. O que pode estar acontecendo? Estas são algumas das queixas que costumamos ouvir no consultório dermatológico. Vamos enumerar aqui algumas doenças que afetam os cabelos, e que motivam mães a consultar seus filhos com o dermatologista, médico especializado na saúde e doenças da pele, cabelos e unhas.
1.Tricotilomania
É um transtorno psicológico em que a pessoa tem o impulso irreprimível de arrancar os próprios cabelos ou pelos do corpo. Pode acontecer em qualquer idade ou sexo. Pode ser observado como áreas irregulares de falhas de cabelo, com fios curtos e de diferentes comprimentos. A recuperação pode ser espontânea ou pode-se obter melhora com psicoterapia.
2. Alopecia areata
É uma doença inflamatória do couro cabeludo que pode aparecer em qualquer faixa etária. Geralmente, se apresenta com áreas localizadas de ausência de cabelos, conhecidas popularmente como “peladas”. Entretanto, pode ocorrer também de forma difusa. A alopecia areata pode acometer também sobrancelhas, cílios, pelos do corpo e unhas. A doença pode ter um início insidioso ou rapidamente progressivo. A resposta aos tratamentos costuma ser imprevisível, variando de indivíduo para indivíduo.
3. Eflúvio telógeno
Trata-se de um aumento difuso de queda de cabelos notado pela mãe ou babá. Também pode ocorrer em qualquer faixa etária. Pode ser observado também um afinamento difuso dos cabelos. Geralmente, esse tipo de queda de cabelos ocorre 2 a 5 meses após um evento estressante (uso de medicações, doenças, cirurgias, estresse emocional). O paciente costuma se recuperar completamente após 1 ano do tratamento.
4. Alopecia androgenética
Popularmente conhecida como calvície. Esta doença afeta principalmente adolescentes e adultos, numa proporção maior em homens que em mulheres. Entretanto, crianças também podem ser afetadas e, nessa faixa etária, meninos e meninas são afetados na mesma proporção.
Nos adultos do sexo masculino, a calvície costuma se apresentar como um aumento do recuo na linha de implantação de cabelos na parte frontal do couro cabeludo, diminuição e afinamento gradual dos cabelos nas regiões frontal, têmporas e vertex do couro cabeludo (esta última conhecida popularmente como “coroinha de padre”).
Nos adultos de sexo feminino, a doença costuma se manifestar como afinamento capilar difuso na região frontoparietal (“no alto da cabeça”), o que dá a impressão de aumento da risca de onde se costuma repartir os cabelos ao meio na hora de penteá-los. Aqui, a linha frontal de implantação dos cabelos costuma ser preservada.
O padrão feminino de perda de cabelos (descrito acima) predomina em crianças e adolescentes, independentemente do sexo.
É uma doença geralmente de natureza genética, portanto, não tem cura e sim controle. A tendência é um afinamento contínuo e progressivo dos fios com o passar dos anos.
5.Síndrome do cabelo anágeno frouxo
queda de cabelos em crianças
Os comentários mais frequentes feitos pelos pais com crianças acometidas por esta doença são: o cabelo dela “sempre foi fino”, “nunca foi cortado”, “não está crescendo”, “o cabelo dela é muito rebelde”, “está sempre caindo ”. É uma condição benigna e autolimitada, em que os cabelos são facilmente extraídos ao puxá-los com os dedos. Afeta principalmente bebês e crianças. Meninas são mais afetadas que meninos. Crianças loiras e de cabelos castanhos claros também são mais afetadas.
.
6. Tinea capitis
É uma infecção fúngica superficial que acomete o couro cabeludo. Também conhecida como micose, é a infecção fúngica de pele mais comum em crianças – principalmente entre os 3 e 7 anos de idade. Pode se manifestar como áreas de perda localizada de cabelos, associadas a descamação do couro cabeludo.
Saiba mais sobre Tinea capitis em: https://www.maisesampaio.com.br/tinea-capitis
.
O que fazer?
Se seu filho apresenta queda de cabelo ou algo que se assemelha aos quadros relatados acima, procure ajuda do seu dermatologista de confiança. A importância do diagnóstico precoce das doenças do cabelo para estes pacientes são cruciais para se obter bons resultados no tratamento.