Você sabia que algumas espécies de algas podem provocar doença em humanos? As algas, similares às plantas microscópicas, podem ser introduzidas por traumas na pele humana e provocar infecção. São espécies do gênero Prototheca, e a infecção chama-se prototecose. É muito rara, geralmente é provocada por machucados de trabalho no campo ou esportes aquáticos, como canoagem, remo e vela. Há tratamento e é eficaz.
As algas do gênero prototeca não tem clorofila, e são feitas de uma célula só. Estão em todos os ambientes, desde águas salgadas profundas até a casca da batata na sua casa. É de se surpreender que não causem infecção com mais frequência. Elas podem estabelecer vários tipos de relação com a pele humana, inclusive serem apenas hóspedes da pele, temporariamente (sim, sua flora da pele pode, por tempos, conter… algas!).
Elas não necessariamente são nocivas. Porém, em algumas circunstâncias, como trabalho em meio aquático, esportes na água (mergulho, natação, canoagem, e até mesmo em eventos como competições internacionais e Olimpíadas), pode haver trauma e implantação indesejada destes microorganismos vegetais na pele humana, e eles se manterem viáveis e prejudiciais. Felizmente, o organismo se defende bem deste tipo de microrganismo, só ocorrendo infecção em caso de enfraquecimento do sistema imunológico,como:
- Indivíduos usando medicamentos que abalam as células imunes (quimioterapia e mesmo alguns tratamentos para doenças em que é preciso baixar o nível de inflamação para tratamento)
- Diabetes descompensado
- Soropositivos para o o vírus do HIV
- Desnutrição.
Pode ocorrer infecção em indivíduos saudáveis quando a alga consegue penetrar na pele através de um machucado ao praticar esportes aquáticos, canoagem, vela, surf, o que é bem raro, ou inoculação em cirurgia contaminada. É difícil reconhecer de cara uma infecção por esta alga. Os sintomas podem variar desde vermelhidão, caroço, feridas, coceira, formação de linfonodos (ínguas) reativos e aumentados próximos ao sítio inicial da infecção a problemas articulares no cotovelos.
O dermatologista deve avaliar a fundo o quadro para determinar a suspeita, que se confirma através de biópsia. Não há exame de sangue que detecte a infecção. Uma história de trauma prévio, geralmente em ambiente aquático ou rural pode ajudar no diagnóstico. O tratamento é feito com substâncias usadas em infecções por outros germes.
