A pediculose (piolho) é uma doença extremamente contagiosa, e que afeta principalmente o couro cabeludo, mas pode atingir outras partes do corpo. A coceira incomoda muito e é intensa. É importante saber reconhecer o piolho e a lêndea e periodicamente olhar as cabeças das crianças à procura deles.
O piolho é transmitido pelo contato direto ou por uso compartilhado de escovas de cabelo, fronhas de travesseiro, toalhas e bonés. Seu filho provavelmente foi contaminado pelo contato com alguma outra criança, em ambiente de aglomeração, como escolas e creches.
Uma dúvida muito frequente é se podemos pegar piolhos de animais, e a resposta é não. Se a criança entrar em contato com aves infestadas (pombos, galinhas, pássaros), o piolho do animal pode apenas provocar uma irritação na pele, com coceira, mas ele não consegue completar o ciclo dentro da nossa pele. Por isso não produz ovos e não se espalha pelo corpo e nem para outras crianças.
![Piolho](https://dermatologiaesaude.com.br/wp-content/uploads/2016/07/piolho.jpg)
Lêndeas
![](https://dermatologiaesaude.com.br/wp-content/uploads/2023/07/Design-sem-nome-1.png)
As lêndeas são os ovos do piolho. Elas gostam de locais mais quentes, por isso devemos procurá-las grudadas nos fios de cabelo, bem perto do couro cabeludo. Após aproximadamente sete dias, os ovos explodem e liberam os piolhos, que andam pelos cabelos, botam mais ovos, e se alimentam de restos da pele, sangue e secreções sebáceas
Se você levantar os cabelos e olhar a nuca vai ver bolinhas vermelhas, que coçam muito. Elas são provocadas pelos piolhos. Se não tratados, eles podem ir contaminando outros locais que tem pelos, como os cílios.
![Lêndea no cabelo](https://dermatologiaesaude.com.br/wp-content/uploads/2016/07/lendea-no-cabelo.jpg)
Em crianças maiores que já estão entrando na puberdade, podem infestar os pelos das axilas e até os pelos pubianos.
Meu filho só está com lêndeas. Ele pode ir à escola?
As lêndeas se transformam nos piolhos, portanto seu filho só poderá voltar às atividades escolares, esportivas e sociais depois que terminar o tratamento. O risco de transmissão é muito grande e pode provocar verdadeiras epidemias nas creches e escolas. Como crianças coçam muito os locais afetados e nem sempre estão com as mãos limpas, a chance de infecção secundária por bactérias é grande.