Até pouco tempo atrás, a menopausa era uma fase da vida bastante ignorada pela ciência. Isso vem mudando, afinal as mulheres estão cada vez mais ativas e produtivas, não se contentando mais com as restrições que esse período pode acarretar. O avanço da medicina, aliado à melhor compreensão do que é uma vida saudável, tem buscado cada vez mais soluções para os problemas da menopausa, como dores no corpo, fogachos, insônia e aceleração do envelhecimento da pele.
Hoje, várias especialidades médicas, entre elas a dermatologia, empenham-se em buscar soluções para melhorar a passagem desse período. Sabemos que quanto mais bonita a mulher se sente, mais bem disposta vai ficar, aliviando todo o conjunto de sintomas que a baixa hormonal causa.
Com a diminuição dos hormônios sexuais, a pele fica:
- Mais fina
- Mais seca
- Mais manchada e com vasinhos dilatados
A deficiência de estrogênio leva à diminuição das fibras de colágeno e elastina, que é mais intensa nos primeiros cinco anos de menopausa. Essas fibras são necessárias para manter a elasticidade, a espessura e a hidratação da pele, formando uma rede de sustentação na derme (camada abaixo da superfície cutânea).
Outra causa para a sensibilidade e ressecamento da pele é a diminuição da secreção de óleo e umidade das glândulas sebáceas e sudoríparas. O ressecamento pode ser tão intenso que a pele coça e descama. Essas alterações são mais evidentes nas áreas expostas, em que o sol também contribuiu para o seu envelhecimento.
Nesses locais mais visíveis é frequente o aparecimento de vasinhos dilatados, causando áreas avermelhadas e sensíveis, e a esse quadro chamamos de rosácea (na face) e poiquilodermia (no corpo). Com o envelhecimento perdemos também massa óssea e muscular, o que afeta também o contorno facial, agravando o problema. A produção de melanina também é afetada, o que resulta em mais manchas. O aumento dos androgênios (hormônios sexuais masculinos) pode levar ao aparecimento de acne e pelos, especialmente na zona do queixo e pescoço.
O que podemos fazer na clínica então?
- Tratamentos que estimulam a pele a produzir colágeno
- Tecnologias como os lasers fracionados, os aparelhos de radiofrequência e infravermelho, e de ultrassom micro-focado
- Microagulhamento
- Tecnologias como a luz intensa pulsada para tratar os vasinhos dilatados e as manchas de sol
- Aplicações de ácido poli-láctico
- Peelings (tratamentos de descamação da pele).
E o que se pode fazer em casa?
- Não fumar
- Boa dieta, rica em proteínas e com baixo teor de açúcares refinados, para minimizar a perda de colágeno e da massa óssea e muscular
- Reposições de vitaminas, como a vitamina D e o óleo de linhaça
- Reposição hormonal, indicada pelo médico ginecologista
- Usar hidratantes no corpo, cremes nutritivos e anti-aging na face e filtro solar todos os dias. O melhor momento para se passar o hidratante é logo após o banho, com a pele ainda um pouco úmida, o que melhora a sua absorção
- Evitar banhos quentes e sabonetes perfumados, que irritam e ressecam mais a pele. Não use bucha no banho.
- Atividade física regular (musculação, para diminuir a perda muscular e óssea)
- Contornar o stress.