Você já ouviu falar em filtros biodegradáveis? Afinal, eles são biodegradáveis ou biocompatíveis?
Na verdade, chamá-los de biodegradáveis não é exatamente correto. Eles são biocompatíveis, isto é, compatíveis com a vida marinha; se dissolvem na água, sendo incorporados ao meio ambiente. Estes filtros solares são livres de produtos que podem causar danos ao ecossistema.
Para fabricar um fotoprotetor biodegradável usam-se substâncias minerais como óxido de zinco e dióxido de titânio. Esses dois componentes já são comuns na natureza, e se misturam à areia, sem alterar a sua composição.
Filtros solares são feitos de óleo e substâncias de barreira. Não é muito fácil chegar a uma fórmula ideal. O filtro solar é um creme, que é feito, como todos os cremes, como uma receita de maionese: necessita de um pouco de óleo para ficar macio. O problema é que a maioria dos óleos é nociva à natureza, e, quando se dissolvem do creme, ficam boiando na água, prejudicando a vida marinha e os recifes de coral. Mas não dá para fazer um filtro solar sem uma quantidade mínima de óleo, pois o resultado final seria uma pasta d’água, que não é muito fácil de espalhar na pele.
Os fotoprotetores biodegradáveis, ou biocompatíveis, tentam usar uma quantidade pequena de óleos, utilizando principalmente os de origem mineral, pois os de origem vegetal são mais difíceis de estabilizar na fórmula e têm o prazo de validade mais curto.Alguns locais turísticos, como Cancún, já regulamentam o uso desses filtros solares, e proíbem o uso dos comuns, não biodegradáveis.
Em Fernando de Noronha, aqui no Brasil, não se pode mergulhar em certos lugares tendo aplicado filtro solar. Normalmente eles são um pouco mais caros também, e vêm com um aviso na embalagem. No Brasil já existem algumas boas marcas à venda. Estes filtros solares têm mais algumas vantagens: não costumam causar alergias em pessoas com a pele mais sensível. Também são mais seguros para crianças.