Vacina contra o HPV

Vacina contra HPV protege as mulheres contra o câncer de colo de útero

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A vacina contra o HPV protege as mulheres contra o câncer de colo de útero, que é a quarta causa de morte por câncer nas mulheres. Vamos entender como ela funciona?

Antes de falar da vacina, é importante saber o que é HPV. O HPV é um vírus responsável pelo surgimento de verrugas na pele e mucosas, principalmente genital. Existem vários subtipos de HPV e alguns estão relacionados ao aparecimento do câncer de colo de útero (os principais são os subtipos 16 e 18). O HPV é transmitido através do contato entre as pessoas, inclusive contato sexual.

A função da vacina é proteger contra a transmissão viral. Assim, a vacina só é efetiva se a pessoa ainda não tiver sido contaminada com o vírus. Como o HPV é muito comum na região genital, a maioria das pessoas que já teve relação sexual já é portadora do vírus e não vai mais ter benefício com a vacina. Por isso, a vacina está sendo recomendada apenas para crianças e adolescentes que ainda não tiveram relações sexuais. Resumindo, a vacina só tem ação na prevenção; não atua em quem já é portador do vírus ou tem a doença.

Estão disponíveis duas apresentações da vacina contra o HPV: a quadrivalente – protege contra 4 subtipos de vírus HPV; e a bivalente – protege contra 2 subtipos de vírus HPV. Na rede pública, está sendo aplicada a vacina quadrivalente, mas você pode encontrar as duas na rede privada brasileira. São recomendadas 3 doses da vacina para que a proteção seja efetiva. Meninos também podem tomar a vacina, mas na rede pública, ela é restrita às meninas.

A vacina contra o HPV não substitui o exame preventivo ginecológico (Papanicolau) porque existem outros tipos de HPV (são mais de 150!) que não são “sensíveis” à vacina. Também não substitui o uso de preservativos nas relações sexuais, pois existem outras doenças sexualmente transmissíveis que não são causadas pelo HPV.

Para concluir, a vacina contra o vírus HPV é um avanço importante na prevenção contra o câncer de colo de útero, mas as formas antigas de prevenção (Papanicolau e preservativos) não podem ser abandonadas. A vacina é segura e só está contraindicada aos alérgicos aos componentes da fórmula.