A dermatite herpetiforme é uma doença crônica do sistema imune, sendo assim chamada por ser uma inflamação na pele sobre a qual aparecem múltiplas pequenas vesículas. Estas vesículas se agrupam com arranjo que imita herpes e com sintomas de ardência e coceira. Está associada a sensibilidade ao glúten.
A doença
Doença de pele crônica, benigna, que evolui em surtos (períodos de atividade alternadas com períodos de acalmia). Está associada a doença intestinal por sensibilidade ao glúten (doença celíaca), embora as manifestações intestinais raramente apareçam junto com a doença de pele. Quando aparecem são mais leves que na doença intestinal pura, e se manifestam como diarreia e distensão do abdômen. Tem origem no sistema imune, que reage contra o glúten.
Manifestações cutâneas
As lesões são pequenas pápulas (bolinhas) vermelhas e múltiplas vesículas (pequenas bolhas) agrupadas sobre pele avermelhada com distribuição simétrica. Aparecem nos cotovelos, joelhos, pregas axilares, parte superior das costas e algumas vezes na nuca e couro cabeludo. São raras na boca.
Diagnóstico
É feito por meio da suspeita clínica durante o exame médico, e confirmado através de biopsia e outros exames complementares. O doente deve ser avaliado como um todo na busca de outras doenças frequentemente associadas, que são a anemia perniciosa por deficiência de vitamina B12, doenças de tireoide e linfomas, além da doença intestinal.
Tratamento
O controle da dermatite herpetiforme (DH) é relativamente rápido, usando-se um tipo de sulfa conhecida como sulfona. Após o controle a medicação pode ser retirada lentamente, desde que uma rigorosa dieta sem glúten (retirando farinha de trigo, centeio, cevada, aveia e seus derivados) seja mantida.
É importante que o paciente com DH esteja esclarecido de que essa sensibilidade, que dá origem a doença, vem de seu sistema imune, e sendo assim exigirá o acompanhamento médico e vigilância da dieta indefinidamente para que permaneça sob controle.