Resolver e prevenir cicatrizes cirúrgicas e não cirúrgicas é o grande desejo de todo cirurgião dermatológico e plástico. As cicatrizes são tecidos fibrosos formados pela produção exagerada do colágeno e fibras elásticas, e configura uma alteração nas fases da cicatrização de feridas, que são quatro:
- hemóstase
- inflamação
- proliferação
- remodelação
Esse tecido alterado, muito vascularizado, pode apresentar coceira, pinicação, dor ou dormência local, ou seja, traz bastante desconforto aos pacientes, além de serem inestéticos. O aparecimento desse tipo de cicatriz queloideana ou hipertrófica acontece mais frequentemente em algumas pessoas, e em áreas específicas como dobras, onde acontece maior movimentação tecidual e maior resistência e mobilização das fibras elásticas e colágenas. Quando elas surgem em áreas de dobras, podem atrapalhar a movimentação, funcionando como uma resistência contra a força.
Muitas são as técnicas propostas para melhorar essa sequela indesejável. Entre elas, estão:
- pressão ao tecido com silicone
- bandas elásticas
- beta terapia
- laser terapia
- infiltrações de corticosteroides
- bleomicina
- diversas técnicas cirúrgicas (no entanto com resultados limitados em alguns casos).
A toxina botulínica tipo A é uma neurotoxina derivada do Clostridium botulinum, amplamente utilizada no mundo todo para prevenção e tratamento das rugas de expressão há muitos anos. Vem sendo recentemente utilizada como uma relaxante do tecido e, com isso, prevenindo e tratando cicatrizes.
Outros mecanismos de ação da droga vêm sendo estudados, mas o que podemos afirmar é que a aplicação da toxina botulínica é uma nova alternativa no tratamento e prevenção das terríveis cicatrizes indesejadas.
Dra. Dirlene Roth
Médica Dermatologista
CRM 82712 | RQE 37438
Outros artigos desta colunista em www.dermatologiaesaude.com.br
Mensagem *como remover manchas escuras provocadas pela alergia