Rinofima, do grego rhis (‘nariz’) e phyma (‘crescimento’) é o nome que se dá à alteração dermatológica caracterizada por aumento irregular do nariz.

Compromete principalmente homens brancos maiores de 50 anos e é caracterizada pelo aumento desproporcional do tecido, dando ao nariz um aspecto disforme, irregular, inchado e avermelhado, com a pele espessa, brilhante e grosseira.

Na maioria dos casos está associado a outra afecção de pele chamada Rosácea, e progride lentamente quando ela não é tratada.

O diagnóstico é simples e pode ser facilmente realizado consultando seu dermatologista.O incômodo estético é grande, mas felizmente há tratamento!

O tratamento clínico da Rosácea, é essencial não só para evitar o surgimento mas também para prevenir a progressão da rinofima.

A correção da rinofima já instalada consiste no remodelamento e lapidação do nariz com técnicas cirúrgicas. Atualmente temos 4 diferentes técnicas de tratamento. São elas: radioeletrocirugia, cirurgia a laser, dermabrasão e quimiocirurgia.

Radioeletrocirurgia:

Consiste no uso de equipamento de alta freqüência para reduzir o tecido excedente. É feito sob anestesia local em sala cirúrgica no próprio consultório do dermatologista. Depois de aplicada a anestesia o procedimento é totalmente indolor. É feita a retirada das camadas mais superficiais da rinofima com a consequente lapidação do contorno do nariz.

O aspecto no pós operatório é feio, com a formação de uma crosta espessa em toda a área tratada. São feitos curativos simples com pomadas cicatrizantes e gaze, mas também podem ser usados curativos especiais adesivos, que se parecem com um filme plástico.

Portadores de marcapasso cardíaco não podem realizar esse procedimento.

Cirurgia a laser:

É bastante parecida com a radioeletrocirugia, porém o equipamento utilizado é um laser ablativo. Os mais comuns são o laser de dióxido de carbono (CO2) e Erbium.

Não há contra-indicação para os portadores de marcapasso.

Dermabrasão:

Também realizada em consultório, sob anestesia local, usa-se um dermabrasor, equipamento com uma lixa diamantada rotativa, ou mesmo lixas estéreis, para abrasão manual.

O aspecto no pós operatório pode ser incômodo e são necessários curativos diários, com orientação do dermatologista. A recuperação da pele é lenta, mas o aspecto final é bem satisfatório.

Quimiocirurgia:

Na quimiocirugia usam-se substâncias químicas potentes, bastante concentradas, aplicadas pelo médico diretamente sobre a pele do nariz. O procedimento pode ser feito com anestesia local para aliviar o desconforto que a aplicação do ácido provoca. A pele fica branca imediatamente após a aplicação, torna-se avermelhada e em aproximadamente 24h forma-se uma camada de pele escura que deve descamar nos próximos dias. É importante que o paciente siga as orientações do médico e não remova as crostas antes da hora. Orienta-se o uso de pomadas cicatrizantes e a não exposição ao sol. O resultado costuma ser bastante interessante. Podem ser necessárias sessões complementares.

É importante ressaltar que não existe a melhor técnica, mas a melhora técnica para cada paciente. O especialista pode indicar o melhor tratamento no seu caso.

Embora a rinofima possa ser corrigida ela pode recidivar e novos tratamentos serão necessários.

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Dra. Thaís Ferraz
Médica Dermatologista
CRM-SP 126039 | RQE 32754

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