A disidrose é um tipo comum de eczema (alergia) que aparece subitamente e esta caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas (vesículas) nas palmas e laterais do dedos das mãos e também dos pés. Os sintomas são de intensa coceira, queimação, formigamento e dor

É observada com maior frequência nos adultos dos 20 aos 40 anos de ambos os sexos e em menos de 5% dos casos atinge crianças menores de 10 anos.

Parecem existir dois tipos de acordo com a causa:

– Disidrose verdadeira: tende a ser crônica acontecendo em surtos e embora a causa ainda não esteja esclarecida parece ter relação com o suor excessivo e com o estresse.

Quando a disidrose é verdadeira não há cura. As crises acontecem nos períodos de estresse e aumento da temperatura como na primavera e verão ou quando as mãos ficam molhadas por muito tempo.

– Erupção disidrosiforme: assim chamada quando o eczema disidrótico acontece como manifestação de outras doenças de pele como:

• Eczema atópico;
• Alergias de contato (como ao níquel e ao cimento por exemplo);
• Reação de sensibilidade a focos de fungos;
• Medicamentos.

Nesses casos, deve-se afastar a causa ou controlar a doença com a qual ela está associada.

Na fase mais ativa da doença as bolhas são firmes e tem em seu interior liquido claro ou sanguinolento, tornando-se amarelado e espesso caso houver infecção por bactérias.

Se isso acontecer há aumento na dor e é acompanhada de edema (inchaço) e crostas.

Após 2 a 3 semanas, a pele fica mais avermelhada, seca e fissurada e então começa a descamar. Isso acontece devido á ruptura das vesículas.

Naquelas pessoas cujos surtos são muito frequentes, a pele vai se tornando mais grossa e desenvolve fissuras profundas e dolorosas.

O tratamento é feito com medicações de uso local de acordo com a fase da erupção. Nos casos muito exuberantes e com muitos sintomas o uso de medicações via oral é indicado (corticóides e outros remédios que atuam na imunidade). Se ocorrer infecção secundária antibióticos serão usados.

Algumas atitudes auxiliam na prevenção dos surtos:

• Lavar as mãos com água morna;
• Remover os anéis antes de lavar as mãos, antes de hidratá-las e antes de dormir;
• Usar sabonetes sem perfumes;
• Aplicar hidratantes reparadores da barreira cutâneas (com dimeticone por exemplo) após a higiene e durante o dia se senti-las secas;
• Evitar hidratantes na forma de loções porque contem muita água e podem agravar;
• Evitar coçar;
• Aliviar o estresse;
• Evitar permanecer e locais secos e muito quentes que causem sudorese;
• Evitar produtos irritantes;
• Os pacientes alérgicos ao níquel devem evitar o contato e inclusive evitar ingerir grandes quantidades de alimentos que contenham níquel;
• Usar luvas com 100% de algodão para os trabalhos secos e usá-las embaixo de luvas a prova d’água quando necessário;
• Procurar usar sapatos de couro e meias que facilitem a evaporação do suor.

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Dra. Marta Izabel Cerutti
Médica Dermatologista
CRM-RS 14708| RQE 12477

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