Tipos de Carcinoma Basocelular e Tratamentos

Carcinoma basocelular pode apresentar-se de diversas formas clínicas. Aprenda a reconhecer cada uma

Existem diversos tipos de carcinoma basocelular:

Carcinoma basocelular nodular:

É a forma mais comum do carcinoma basocelular. Geralmente é um nóludo decoloração rósea ou avermelhada, com brilho perolado. Pode apresentar finos vasos de sangue (teleangiectasias) na superfície. É mais frequente no rosto, mas pode surgir em outros lugares. É um tipo de tumor com comportamento menos agressivo.

Carcinoma basocelular esclerodermiforme:

Este tipo de tumor lembra uma cicatriz, geralmente os limites são mal delimitados. É um tipo de carcinoma basocelular de comportamento mais agressivo. Esta forma de CBC é difícil de ser diagnosticada, normalmente apenas médico muito bem treinados são capazes de fazer o diagnóstico. O tratamento é quase que exclusivamente cirúrgico.

Carcinoma basocelular superficial:

Este tipo de carcinoma basocelular é mais frequente empessoas jovens, sendo mais comum nas costas. Em geral é uma área avermelhada, quase plana, com descamação leve. Justamente por esta aparência o carcinoma basocelular superficial é confundido com outras doenças de pele como psoríase, eczema, Doença de Bowen e queratose actínica. Um recurso muito útil na diferenciação entre carcinoma basocelular e estas doenças é a dermatoscopia. Costuma ter um comportamento menos agressivo, e pode, em casos selecionados, sem tratado sem cirurgia.

Carcinoma basocelular pigmentado:

O carcinoma basocelular pode ser pigmentado, escuro. Isto ocorre com mais frequência em pessoas de pele mais morena. A forma pigmentada faz diagnóstico diferencial com queratoses seborreicas e melanomas.

Carcinoma basocelular
A- Carcinoma Basocelular Nodular, B-Carcinoma Basocelular Esclerodermiforme, C-Carcinoma Basocelular Superficial, D-Carcinoma Basocelular pigmentado

Tratamentos

Carcinoma basocelular tem cura. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais fácil de tratar. O tratamento depende da localização do tumor, do tipo, do tamanho e das condições de saúde da pessoa.

Cirurgias

É o método de escolha no tratamento do carcinoma basocelular. Além da remoção do câncer, retira-se um pouco de pele normal ao redor do tumor como margem de segurança. A margem de segurança varia com o local e o tipo do tumor. Em casos mais agressivos podemos usar uma outra modalidade de cirurgia: Cirurgia Micrográfica de Mohs. Nesta modalidade cirúrgica, após a retirada, todo o tumor é enviado para um exame de biópsia por congelação onde 100% de suas margens cirúrgicas são avaliadas. O próprio médico que realiza a cirurgia vai avaliar a biópsia e verificar se todo o tumor foi retirado. É a cirurgia indicada em casos de CBC recidivado, carcinomas esclerodermiformes, e tumores em regiões delicadas, como pálpebras, ponta nasal e lábios.

  • Tratamento não cirúrgicos:

Crioterapia:

A destruição por congelamento do tumor é bastante eficaz no tratamento do carcinoma basocelular. No geral a resposta terapêutica é boa, com recidivas menores que 10%.

Radioterapia:

Radioterapia pode ser usada como tratamento primário do CBC com intenção curativa, ou como tratamento associado. Pode ser usada antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor ou pós-operatório para evitar recidivas. Quando usada com intenção curativa, tem bons índices de cura.

Terapia fotodinâmica:

Também conhecido como PDT (photodynamic therapy). Tratamento mais recente que usa um agente fotossensibilizante na presença de uma fonte luminosa apropriada para causar morte celular e destruição seletiva do tumor. Atualmente está indicada somente para casos de carcinoma basocelular superficial. Seu uso em outras formas de CBC ou mesmo em variantes agressivas não é indicado. Tem uma boa resposta terapêutica e um excelente resultado cosmético.

Vismodegib

O vismodegib é uma forma de quimioterapia para o tratamento do carcinoma basocelular. O mecanismo de ação é a inibição de uma via enzimáticas chamada via hedgehog. Normalmente nos carcinomas basocelulares existem mutações que levam à ativação desta via. O vismodegib está disponível em cápsulas e está indicado em carcinoma basocelulares metastáticos ou inoperáveis.

Considerações finais:

Por seu comportamento pouco agressivo tende a ser negligenciado por médicos e pacientes. É fundamental que o tratamento seja conduzido por um médico especialista e preferencialmente experiente no assunto.



Dr. Gustavo Alonso PereiraDr. Gustavo Alonso Pereira
Médico Dermatologista
CRM 97410

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10 comentários em “Tipos de Carcinoma Basocelular e Tratamentos”

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  4. Qual o motivo de tantos carcinomas baso celular em tão pouco espaço de tempo ? Em 1999 retirei carcinoma espino celular no buço , 2006 retirada de 3 baso celular rosto,braço e colo,2013 mais 3 e agora 2016 mais 6 , canto do olho c/aba do nariz precisando enxerto de pele , mais 1 no braço , colo , costas altura lombar e 2 na perna : frontal e lateral . Tem alguma explicação p/aparecimento de tantos , agora , c/pequenos espaços de tempo? Não existe tratamento preventivo ? O sofrimento é grande c/tantas cirurgias e anestesias , inclusive c/sedação .

  5. entrei aqui nesta pagina pra saber sobre esse tipo de câncer pois foi encontrado no meu rosto mais invés de me acalmar fiquei ainda mais desesperada gostaria de mais informações sobre o assunto como faço pra conseguir isso?

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  7. Loeri Rorig Galli

    Dr.minha irmã tirou um basocelular perto do nariz e olhos onde fica a paleta do óculos , só que voltou crescer denovo e hoje teve nova cirurgia mas não tiraram tudo porque o médico disse que não queria judiar demais , achei estranho….
    Meu sobrinho falou que o médico ia ver o que fazer dentro de uma semana…
    Isso me assustou.
    Isso é normal ?

  8. Boa noite dr, Minha amiga fez a retirada de um carcinoma basocelular invasivo na perna e outro no braço.
    Não houve necessidade de fazer enxerto.
    Gostaria de saber se após esta retirada, uma vez que ela sempre tomava muito sol e fez aquele bronzeamento artificial e sabendo que essas canceres aparecem até em 50 anos na pessoa, quero saber se ela deve tomar vitamina d ou outras vitaminas, colágeno tb.
    Seria interessante fazer também uma ressonância de corpo inteiro como precaução.
    Obrigada dr.

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